segunda-feira, 1 de abril de 2024

Não costumo sofrer de insónias. O sono sempre foi algo que tive em abundância. Mas a verdade é que, nos últimos dias, tem sido difícil dormir e descansar. Sinto que me dobro e desdobro múltiplas vezes; procuro por lençóis frios e pela parte da fronha da almofada que não esteja ainda cansada da minha pele. Deito-me de barriga para cima; e viro-me uns segundo depois, de barriga para baixo. Foco-me na minha respiração, que me costuma acalmar profundamente, mas a inquietação continua. Esgoto o corpo em movimentos, até que a cabeça acalme. Mas os meus olhos continuam teimosos. Decido por isso pegar numa caneta e num bloco; e começo a escrever. Não consigo evitar notar que as palavras que escrevo são como calmantes. Permitem-me chegar a ti. E, quando dou por mim, os meus olhos já adormeceram. 

Sem comentários:

Enviar um comentário