segunda-feira, 8 de abril de 2024

Love me less, I will never forget you

Ainda estou anestesiada da semana passada. Como se os dias não tivessem passado; como se não os tivesse sentido. Acho que foi a saída - talvez a única - que encontrei para os tornar mais suportáveis. Trago escondido na memória a mensagem que te enviei. Sei que estava a conduzir nesse momento e que, pela primeira vez em muito tempo, faltou-me o chão. Por isso, escolhi agarrar-me a algo que sabia perfeitamente que existia: os meus sentimentos por ti. Não tive muito tempo para pensar no que te queria dizer. Para ser sincera, haveria muitas coisas diversas que gostava de te ter escrito. Escolhi as mais simples e, possivelmente, aquelas que saberia que partilharias comigo. Tenho tantas saudades que custa só de pensar nisso. Do teu lado, silêncio absoluto. A mensagem não foi sequer entregue. Apesar disso, sei que naquele momento não era necessariamente da tua resposta que eu precisava. Era de ti. Dos teus olhos, do calor do teu abraço, da faísca do teu beijo na minha pele. Dizem que não podemos sentir saudade de algo que nunca tivemos. Não sei se posso verdadeiramente concordar com isso. Porque todos os dias sinto falta de coisas que nunca tive contigo. Todos os dias quero dar-te mais um bocadinho do meu amor. Por mais longe que estejas; por mais longe que mantenhas; por mais longe que me forces a estar. E vou forçando ocasiões que preencham este espaço que me deixas. Encontros que colmatem a falta de ti. Para que, ficticiamente, finja que não me fazes falta. Quando fazes muito mais falta do que alguma vez conseguirás imaginar. 

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