sábado, 17 de fevereiro de 2024

Senti-me mais livre hoje. Abri uma garrafa de vinho e convidei-o a vir até cá. Mas as palavras, que me fugiram para ele, era para ti. Nos minutos que se seguiram, lembrei-me de ti. De como gostavas de te surpreender pela minha suposta audácia em abrir uma garrafa de vinho. Não sei se to cheguei a dizer, mas acho que sempre quis abri-las contigo. E, depois disso, sentar-me no sofa. Enquanto te ouvia a contar as histórias da tua vida. Enquanto eu contava as minhas. Partilharíamos tudo, incluindo a manta que nos protege do frio, exceto os copos. Dizem que, se os partilharmos, ficamos a saber os segredos da outra pessoa. E eu quero que guardes os teus; quero que mos contes um dia, quando estivermos à beira da lareira, numa noite de frio e chuva. Tenho saudades tuas. Muitas. Tantas. E queria tanto partilhar esta garrafa contigo. Queria tanto partilhar tudo contigo.

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