quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Os meus dias têm sido longos e acho que a ausência das minhas palavras, ou a insuficiência delas, o denuncia. Arrasto-me enquanto ainda consigo e luto contra um cansaço que se tem tornado latente. Não tem sido fácil acompanhar a evolução das responsabilidades. E confesso-te que, ontem, quando te escrevi, os meus braços ainda lutavam contra o sono. Queria ter-te escrito tanto mais. Mas queria ainda mais abraçar-te. Transmitir-te, em gestos, o que as minhas palavras não conseguem. Talvez por isso te escreva hoje. Para uma vez mais reconhecer, a ti e a quem anda me lê, que continuo a sentir que a forma como me é possível expressar-te o que sinto continua a ser, e a parecer, insuficiente. Ainda assim, quero que saibas que continuo aqui. Que tenho muitas saudades. Tuas e da forma como a tua voz me isola e capta a atenção. E que, ainda que te deseje o melhor, anseio porque escolhas viver esse melhor aqui. Comigo. 

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